29 de outubro de 2013

Desfecho.

O doce toque dos seus dedos em minha pele, eu não vou mais sentir. O calor da sua respiração em meu rosto, eu não vou mais sentir. A sua voz, tão adorada, a tagarelar incansavelmente sobre nada em particular, eu não vou mais ouvir. As suas expressões, infinitas, eu não vou mais ver.
Ah, tanta coisa que não vai mais acontecer entre nós...
Eu não posso mais te cumprimentar quando passar por você, posso? Tampouco te ligar a qualquer hora da noite ou do dia, só pra te dizer que quero ouvir sua voz. Não posso mais fazer parte do mundo onde você vive, e nosso passado vai ser só passado.
Não era pra ser, eu e você. O que tínhamos era muito bom pra durar pra sempre - se é que "pra sempre", de fato, existe. E, no entanto, é tão triste te ver indo embora, sem poder correr até você e te pedir pra ficar.
Quem sabe, num futuro bem distante, numa outra vida ou mesmo em um sonho qualquer, eu possa estar ao seu lado novamente. Quem sabe eu possa te sentir, te ouvir e te ver quando tiver vontade, ou até mesmo te amar a distância, sem compromissos. Será que, mesmo agora, eu ainda posso te amar?
No fundo, não. Entre eu e você existe muita, muita coisa - só não existe um "nós".

(19 de junho, 2011)

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