23 de setembro de 2015

E se?

Hoje procurei seu nome. Mais uma vez, não obtive nenhuma resposta - você nunca deixou rastros de qualquer maneira. Me perguntei, então, por que vez ou outra eu procuro por você, na imensidade desse mundo. É difícil esquecer-se de um rosto que nunca se viu, de uma voz que nunca se ouviu, de um amor que nunca se concretizou, porque eternamente me pergunto: e se? 
Facilmente vejo a mim mesma sentada na varanda, em uma cadeira de balanço, lendo um livro que talvez não queira verdadeiramente ler e, ao olhar para o horizonte, me lembrarei de você. E pensarei: e se? E se tivesse sido diferente, e se tivéssemos tentado, e se na verdade você nunca existiu de fato e tudo não passou de um sonho meio lúcido, fantasioso?
E se eu conseguisse te esquecer totalmente, de uma vez por todas?