8 de outubro de 2011

Sem sentido.

Muito fácil dizer "esqueça". Muito fácil querer que, rapidamente, eu fique bem. Muito fácil sair pra beber com os amigos para esquecer os problemas e rir um pouco, quando tudo o que você perde é um amigo.
Eu perdi uma parte de mim.
É assim, meio engraçado, ver as coisas desse jeito. Foi tão rápido e tão mal resolvido - como é tudo o que acontece entre nós - que não deu nem tempo de tomar uma atitude. Eu queria ainda dizer tantas coisas, fazer tantas perguntas e, quando penso nisso, não me vem uma única frase à cabeça. Eu quero chorar e por pra fora essa tempestade que estou contendo tão fortemente, mas quando eu quero, não me vem uma única lágrima. E, nos momentos mais inconvenientes, desabo em prantos.
E ainda assim, é tudo tão rápido...
Você me bagunçou de um jeito, em um nível, que não dá pra esperar mais nada de mim. Eu não consigo ler um texto, ver um programa, andar na rua ou conversar com alguém sem me lembrar de você. É tão estúpido você ter se tornado tão presente na minha vida sem sequer estar aqui. Logo eu, que sempre lidei tão bem com a falta das pessoas e coisas físicas, não consigo me livrar de você.
Nunca sequer te vi. Ouvi sua voz uma única vez. E não consigo apagar os seus e-mails.
Apaguei o seu número, pelo menos - em prantos, admito -, pra garantir que não terei o impulso de te ligar ou algo assim. Mas no fundo eu sei que nem se apagasse tudo sobre você adiantaria - é em mim que você tem que ser apagado. Eu preciso tirar você de mim, e não do mundo onde eu vivo. Mas, se o fizer, é como se estivesse dando um fim em mim mesma, e fico assim, nesse estado meio vegetal.
Estou vegetando, literalmente.
Não consigo mais comer. Meu estômago aperta, dança, grita, mas nada pára quieto nele. Nem mesmo chocolate me parece apetitoso. Nada, absolutamente nada tem sentido; ir ao trabalho, sair com os amigos, assistir minhas aulas favoritas, ouvir música, ver tv, tirar sarro as coisas do dia-a-dia... tudo se tornou tão desinteressante. Sem uma razão de ser.
Eu fiquei sem uma razão de ser.
E eu sei! Eu sei que te odeio e não quero derramar uma lágrima, porque você não as merece, mas eu checo meu e-mail a cada vinte minutos, esperando ver o seu nome. Mas nem que fossem duas linhas, ou só um pedido de desculpas. Eu sei que aí, desse lado, você também está insatisfeito - e eu espero de coração que eu não esteja enganada quanto a isso -, mas você não vai me chamar. Mesmo que viesse até aqui, você tem tando medo de complicar as coisas, de pisar em falso, que vai me deixar cair do precipício por receio de escorregar.
Você não vai segurar a minha mão. E cá estou eu, com ela estendida, esperando!
No entanto, façamos-lhe justiça. Eu não gritei o seu nome nenhuma vez. Eu, tanto quando você, permaneci silenciosa, sem nenhuma atitude. Perdi a guerra sem lutar - e não que tenha me sido dado esse direito, mas ainda assim - e me conformei rapidamente. A situação em si passou por mim como uma ventania: levou tudo consigo, destroçou tudo o que estava ao alcance, mas passou rapidamente.
O que não me conforma é a sua ausência. Até quando ela vai durar? Você vai mesmo embora, assim, pra todo o sempre?
Quando é que você volta, pelo amor de Deus!?
Não dá pra curar essa ferida. É como se me tivessem arrancado algo, seja o coração, o pulmão ou o fígado, qualquer coisa que seja, não interessa o que é! Só quero que me devolvam, ou sabe-se lá o que será de mim.
Ouso, ainda, usar das palavras de Machado. Se me faltassem amigos ou parentes, vá lá, a gente se consola - mais ou menos - das pessoas que perde, daquelas que vão pra sempre ou que só não fazem mais parte do dia-a-dia. Mas falta eu mesma, e essa falta é de um vazio descomunal, imensurável. É uma fusão de duas coisas: a falta de você, e a falta de mim. Você era tão presente no meu caminho, na minha vida, que agora eu perdi o rumo. E é tão triste ficar assim... sabe, sem ter pra onde ir.
Não quero gente nova. Não quero um novo melhor amigo. Preciso de você, e de você, e não posso ter.
"E agora, como faz?"

7 de outubro de 2011

O todo pela parte.

Não me entra na cabeça como você pôde fazer isso comigo. Como, sem mais nem menos, você pôde jogar fora todos os momentos que passamos juntos, a nossa amizade, a nossa confiança um no outro... tudo, tudo o que me era mais importante e especial foi pelos ares, em menos de um minuto.
Não vou superar. Não vou perdoar. Não vou esquecer disso. Eu seria capaz de tanta coisa por você e, quando precisei de umas poucas palavras em minha defesa, você não foi capaz de pronunciar-se. Você teve medo, medo de ser o amigo que eu esperei que fosse. O amigo que eu achei que tivesse. Você não merece um terço de mim.

4 de maio de 2011

i'll meet you in the sky

Que o nosso amor ultrapasse limites, atravesse fronteiras, que corra até cansar e viaje na leve brisa de verão.
Que possamos sempre sentir o calor de nossas mãos unidas, que possamos sempre sentir o carinho de nossos abraços e que possamos sempre sentir o amor de nossos beijos.
Que a vida nos traga novos sorrisos, novos sonhos e novas canções para que possamos cantar.
Que cada pequeno e simples gesto seja sempre único, que cada palavra seja doce e cada abraço seja incomparável, e que cada olhar seja sempre inesquecível.
Que com estas mãos eu possa te entregar o meu amor, a minha vida e o meu tudo. E, se algo, algum dia, vier a nos separar, que eu possa te encontrar no céu, lá no alto, entre as nuvens, para que possamos viver tudo isso novamente.

Falsos Amores

Eu sou aquela que procurou incessantemente pelo amor, de todas as formas possíveis – de amar e procurar.
Conheci muita gente interessante, me atraquei com muitos caras fascinantes e fiquei ainda mais desejosa do que antes.
Viajei os quatro cantos do mundo, e li mil e um livros sobre amor. Todos os charmes e truques eu sei de cor, e, dos os sedutores, sou a pior.
Provei de beijos e vinhos e doces, provei do amargo em grandes doses e me deliciei em êxtase com cada uma das minhas posses, que, no final, nunca foram minhas.
Experimentei o amor em todas as suas variações e variedades, e me gabei deliciosamente das minhas diversidades. Vivi amores antigos e recentes, de filmes românticos e indecentes. Sonhei alto e caí desastrosamente, voei nos braços de muitos e amei desesperadamente. Senti em minha pele o calor sublime e desejei o amor como se fosse um crime.
Viajei por cada canto do planeta em busca do amor e experimentei todo tipo de dor. Enfim, alimentei meu desejo incomum até chegar a lugar nenhum.
Pois bem. Tentei tanto amar alguém que, no fim, não amei ninguém.

O Amor é mar

O Amor é mar. Por vezes dorme, por vezes grita. Por vezes encanta por sua beleza e sua sinceridade cristalina, por vezes assusta com sua obscuridade em mar revolto.
Amar é cair de cabeça na água, então. Aventurar-se pelos corais e pelos cantinhos secretos da imensidão azul. Agarrar-se a qualquer superfície fixa e passar por todas as tempestades. É olhar com admiração toda a beleza de seus peixes e saber temer seus tubarões.
Amor é mar.
Simbora nadar!

3 de maio de 2011

Irritante.

Tudo o que digo que vou fazer, a guriazinha vem e diz que quer. O pior, meu caro, é que deixam. Pessoas calmas assim, como eu, vão se irritando progressivamente com as pequenas coisas. Tenho quase uma pirâmide delas, montadinha, bloco em cima de bloco.
Quando for tudo pelos ares, não quero nem saber. :)