30 de setembro de 2012

Desilusões infantis



Eu ainda sou muito menina para amar. Não existe em mim o que é necessário para saber entregar-se a um grande amor. Esse meu paladar de criança ainda não consegue suportar o sabor amargo de uma grande paixão, tampouco de uma grande decepção.
Eu não sei o que fazer quando me vem essa urgência em chorar, e menos ainda quando as lágrimas não vêm, embora eu precise delas. Eu não sei o que fazer quando meu coração aperta, porque me dou conta do quão distante você está de mim. Não sei como devo agir, o que fazer, e tudo isso me assusta. Mas eu sei, e muito bem, que isso é a prova do quão imatura eu sou para o amor - esse meu medo de cair antes mesmo de começar a caminhar, típico de uma criança.
Eu não tenho esse direito. Eu não tenho o direito de te amar, te tentar ser pra você o que você é pra mim , de caminhar ao seu lado como gostaria que você caminhasse do meu. Eu não tenho direito de sorrir com você, chorar com você, amar com você. Eu não tenho direito de ser alguém no seu mundo.
É por isso que eu não vou te contar. Você nunca, nunca vai saber o quanto eu te amo, porque eu sou muito insegura pra me entregar ao amor. Eu desisto de te amar, de te alcançar, de tentar ser pra você o que você é pra mim. Eu desisto de você, antes que você desista de mim.
Porque eu ainda sou muito menina pra amar, e você é muito homem pra me esperar.

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"My feelings were probably just some delusion to begin with, caused by the phenomenon of a usually cold person being just a little bit nice to you, and suddenly seeming like a wonderful person."

- Yoshioka Futaba

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse post define muita gente, sabia?

Eu mesmo sou um pouco assim, insegura de tudo...

Adorei o texto :D