4 de maio de 2011

Falsos Amores

Eu sou aquela que procurou incessantemente pelo amor, de todas as formas possíveis – de amar e procurar.
Conheci muita gente interessante, me atraquei com muitos caras fascinantes e fiquei ainda mais desejosa do que antes.
Viajei os quatro cantos do mundo, e li mil e um livros sobre amor. Todos os charmes e truques eu sei de cor, e, dos os sedutores, sou a pior.
Provei de beijos e vinhos e doces, provei do amargo em grandes doses e me deliciei em êxtase com cada uma das minhas posses, que, no final, nunca foram minhas.
Experimentei o amor em todas as suas variações e variedades, e me gabei deliciosamente das minhas diversidades. Vivi amores antigos e recentes, de filmes românticos e indecentes. Sonhei alto e caí desastrosamente, voei nos braços de muitos e amei desesperadamente. Senti em minha pele o calor sublime e desejei o amor como se fosse um crime.
Viajei por cada canto do planeta em busca do amor e experimentei todo tipo de dor. Enfim, alimentei meu desejo incomum até chegar a lugar nenhum.
Pois bem. Tentei tanto amar alguém que, no fim, não amei ninguém.

Nenhum comentário: