11 de novembro de 2010

Sem saída.

Cadê essa resposta que não vem?
Cadê esse sentimento louco, que não é sentido?
Onde foi parar aquele amor doce e recíproco, que hoje não passa de meras respostas curtas?

Em que parte do caminho se perdeu aquilo que havia entre nós? Seja lá o que fosse.

Eu desisto. De mim, de você, de nós.
Porque eu não vou lutar em uma batalha já perdida. E não existe guerra se não há batalha.

Êis aqui o nosso fim. Nosso algo especial se foi, sem dizer adeus, e sem previsão de volta. Sem explicação, sem volta, sem saída.

A nossa mágica acabou.

Um comentário:

Emily disse...

Um poema dolorido, certamente. Parece ao leitor, ao começo, que o eu-lírico tem dúvidas, mas na verdade ele está convicto, certo de que sabe o que diz, e é auto-explicativo às próprias perguntas.
"Esfriou", seria o que ele, o eu-lírico, quis passar para quem vê. E conseguiu com sucesso. Frases concisas com muito sentido, carregadas, pesadas. Dá quase pra sentir o seu aperto no peito, tomar suas dores e chamar prum bar encher a cara.